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Naquele instante, a minha vida tinha mudado. Ainda que fosse apenas um anúncio, ainda que todo um trabalho de preparação estivesse à minha frente, ainda que não fosse garantido, longe disso, o prêmio final, toda eu tremi de júbilo ao ponderar a hipótese de responder. Se conseguisse obter o almejado tento, seria a mudança radical da minha existência, a concretização de todos, mesmo todos, os meus sonhos infantis e imberbes, os sonhos que alicerçaram o meu ser e me fizeram, fazem e farão sempre viver.

Pelo menos uma verdade absoluta e incontornável iria emergir: a procura do objetivo final seria posta em prática. Não ficaria displicentemente impávida perante esta oportunidade. Nada teria a perder, pois a tentativa de consegui-lo já encerraria em si uma vitória necessária e absolutamente preciosa.
Não iria escamotear o caminho que perante mim se ia iluminando. E à medida que o iria percorrendo, saberia que, de fato, a esperança não morre, por mais que a tentemos matar com as nossas mãos, sufocá-la dentro de nós. Esta acaba inevitavelmente por vir à tona, qual bóia de praia que diverte as crianças durante as férias de Verão. A epifania não chegou numa noite de Verão. Até foi mais num dia invernoso e cinzento. Mas foi o suficiente para iluminar o resto da tarde e a minha alma.

Porra, estou com um sorriso estúpido estampado na face e não o consigo destronar!!!

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