Verbum


 
Gosto muito de ir ao sentido das palavras, na poesia, na literatura, até mesmo na simples conversa. São muitas as vezes em que dou voltas às palavras, à sua origem e ao seu significado. Muitas vezes cheguei a dizer aos meus alunos para, em caso de dúvida sobre o sentido da frase, colocarem perguntas à(s) palavra(s). Se é uma negação, uma afirmação, se é composta e de que forma. A beleza está em dar corpo à racionalidade. 
Nós, humanos, temos a tendência em colocarmo-nos, ou apenas no lado da razão, ou somente no lado do corpo (os sentimentos, emoções, sensibilidade). Parece-me que a grandeza reside na capacidade em articular ambas. Que tem a sua dificuldade. A nossa parte animal impele à reação imediata: chama-se sentido de sobrevivência. Quando se centra no racional, pode-se ficar num intelectualismo perigoso, que esquece o quotidiano, o toque do sentir. Dar corpo à palavra poderia ser essa capacidade de articulação dessas duas dimensões tão nossas. A palavra é a razão, o seu sentido mais profundo em nós seria a encarnação da mesma. Também por isso dou muitas voltas ao prólogo. A Palavra que constrói a morada carnal na humanidade. É o contínuo jogo entre a razão e os sentimentos. 
O Humano é chamado à Palavra e ao Abraço.

No entanto, uma coisa necessito dizer... nunca deveríamos ter abandonado o latim. "Adunasse lingua". Em suma, vou debutar todos os posts deste mês em latim... ou quase todos.

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