insustentável

Tenho algum desejo estranho, tamanho. Tenho matutado em demasia, e vejo que entro em psique constante. Um psicólogo, por favor!
Tenho desejado coisas que não deveria, desejado coisas com as quais não viveria, desejado coisas que há mim muito não valeria.
Minha sanidade masoquista está aguçada, afiada. Tenho desejado sofrer, afogar-me em dor e sangue. Quero sangue, crime e violência. Quero doce!
Quero ver-me igual Narciso, perdido em si mesmo, afogado na dor. Inconsciente e impreciso. Tento conjecturar um mundo perfeito, talvez com someone perfeito, talvez basicamente imperfeito da forma correta e pura, sincera.
Digo que viveria com ele, que não lhe daria amor, que receberia seu amor, que lhe cuspiria a cara. Digo que morreria de frescura, que mataria de escárnio, que zombaria com crueldade.
Talvez seja amor…
Nada sei, nada sei, nada sei…
Já filosofei o bastante, meu caro. Já sofri o bastante na merda a que chamam vida, ainda sofro por conta das intermináveis feridas: teimosas, nunca cicatrizam… alimento rancores, destilo veneno por aí. Uma vontade louca de machucar alguém.
Preciso de sangue!
Voltaria a ser um moribundo, voltaria a feder como o mijo dos gatos que correm pelos becos de Londres. Perdi a dignidade em tantos que meus pés ardem em Paris.
Eu aguentei todo tipo de cruz que Deus quis me mandar, mas agora…
Cansei-me do luxo, quero o lixo…

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